sábado, 31 de maio de 2008

Injustiças da vida...

Queria aqui contar-vos uma "história" que prova o quanto a vida pode ser cruel. Dá-nos tudo para logo tirar...
Guimarães tem duas rádios locais, a Fundação e a Santiago. A Santiago, aquela que a minha mãe ouve todos os dias de manhã à noite e que eu própria me habituei a ouvir, é a rádio local mais ouvida em Portugal, ultrapassando algumas nacionais. Há umas semanas, a Santiago andava a fazer "castings" para encontrar um novo locutor, para um novo programa. E, se não estou em erro, no primeiro Domingo de Maio (dia da Mãe), o programa foi para o ar. "Chama-se" Canto nómada, um programa de duas horas (das 9 às 11) onde era passada musica do estilo celta. E onde eu queria chegar... o locutor, André Moutinho, de 32 anos, morreu de segunda pra terça, vítima de uma doença súbita e fatal (não especificaram), sem aviso e sem tréguas. A morte veio e não foi de mãos a abanar. Fiquei chocada... tão novo, saudável e de repente... André estava super feliz com o sucesso do programa, sentia-se realizado. Natural de Torres Novas (bem perto da terra do Renato), veio viver para Guimarães por amor à namorada (a minha terra!!!), arranjou um bom emprego...e foi-se...
Portanto, pessoal, aproveitem bem o que a vida vos dá...
Bjs

sexta-feira, 30 de maio de 2008

3ª Parte do 5º Capítulo "Um dia no castelo..."

E faz hoje exactamente um mês desde a última vez que deixei um post sobre o livro... então aqui fica, um excerto mais do estilo descritivo, pois não avança grande história, mas que deixa uma luz no fundo do túnel à "nossa" pequena Lua... Espero que gostem... e que comentem, pois eu gostava mesmo de saber a vossa opinião :)





- Sim? - respondeu Lua, intrigada. Ainda era muito cedo para o professor aparecer. Porém, foi o empregado que tratava dos negócios com os avós quem abriu a porta do quarto e espreitou timidamente.
- Menina, os seus avós pedem-me que a leve até ao escritório. Querem ter uma conversa consigo. - Lua sentiu-se excitada e assustada ao mesmo tempo. Excitada porque nunca entrara no escritório dos negócios. Assustada porque os avós nunca a tinham chamado para uma conversa particular.
Levantou-se e saiu, com o empregado atrás. Todas as pessoas que trabalhavam no castelo usavam farda. As cozinheiras vestiam roupa branca, com um avental branco e um chapéu branco. Tudo imaculadamente branco. As senhoras, e que eram muitas, que tratavam da limpeza do castelo usavam um vestido azul celeste, pelo joelho, com uma avental branco por cima. Os homens que tratavam do jardim vestiam sempre uma camisa e calças castanhas. Rossana tinha um vestido igual ao das senhoras da limpeza, mas em cor-de-rosa. Os cocheiros vestiam-se a rigor, com roupa toda preta. Eram os criados mais elegantes. E depois havia o empregado que estava no escritório dos avós, que usava calça e camisa azul escuro. Era ele que tratava de todos os recados dos avós, que fazia os telefonemas, que servia café e chá aos Reis. Era o empregado mais importante do castelo, pois Lua sabia que era o único em quem os Reis confiavam.
Enquanto caminhava para o escritório, Lua perguntava-se sobre o assunto da conversa. Será que os avós também a iriam repreender por ter fugido de casa na tarde anterior? Será que também lhe iam bater? Só de pensar nessa possibilidade, o seu coração começou a bater mais depressa. Paco, assim se chamava o empregado, seguia à sua frente, com as costas muito direitas e quase sem dobrar as pernas. Lua sabia que um dia teria de andar assim, toda esticada, quando fosse a Rainha da Floresta Dourada. E essa ideia desagradava-lhe. Nem mesmo sabia se queria ser Rainha. Mas ainda era muito nova para decidir. Uma coisa era certa: assim que aprendesse a ler e a escrever, iria ter aulas de etiqueta, onde aprenderia a comportar-se e a agir como uma princesa. O dia por que Lua mais ansiava era o dia em que seria apresentada no Baile da Floresta. Sabia que teria muitos anos para esperar, mas o contacto com o mundo exterior excitava-a. Será que apenas nesse dia voltaria a ver o avô? Só a ideia era horrível!
Pararam de repente: tinham chegado às portas do escritório. Eram umas portas enormes, de madeira dourada, com alto relevo desenhado. Tinham uns batentes enormes, em forma de folha de árvore. Foi Paco quem bateu e logo se ouviu a voz do Rei:
-Entrem. - o empregado desviou-se para que Lua entrasse e de seguida entrou ele, fechando a porta atrás de si.
Lua começou logo a olhar em volta, vendo tudo com muita atenção. Era uma sala com aspecto rústico e muito escura. Iluminada por velas e candelabros, era provavelmente a divisão mais escura de todo o castelo. Todas as paredes estavam tapadas por estantes de madeira, carregadas de livros e papeis. Lua nem queria saber o que para lá estava escrito. Podia apostar que na biblioteca do castelo haviam menos livros do que naquele escritório.
Os avós estavam sentados em cadeiras almofadadas e forradas a veludo preto, muito elegantes. Os seus braços eram dourados e adornados com folhas semelhantes às dos batentes das portas do escritório.
- Senta-te, minha linda. - pediu a avó, sempre com o seu sorriso bondoso e olhos brilhantes rodeados por rugas.
Lua sentou numa cadeira semelhante àquelas em que os avós estavam sentados, mas um pouco menos trabalhada e sem braços. Sentiu-se confortável, mas o seu coração batia acelerado. Teria feito asneira?
- Paco, podes esperar do lado de fora? - o empregado fez uma ligeira vénia e saiu, fechando a porta o mais silenciosamente possível.
Agora eram só eles: Lua e os avós. Entrelaçou as mãos sobre o colo, sentindo o sangue pulsar com toda a força, e tentando recordar-se do que fizera para merecer um castigo. Será que os avós estavam zangados por ela ter fugido de casa no dia anterior? No entanto, pela cara dos avós, Lua duvidava que fosse receber um castigo naquele momento. Ambos sorriam, um sorriso genuíno e então Lua começou a ficar confusa.
- Porque me chamaram aqui? - arriscou-se a perguntar. O avô desviou o monte de papeis que ocupava a secretária, e retirou com cuidado o tinteiro e a pena, que pousou na mesinha redonda ao seu lado, onde estava também uma grande jarra com limonada e alguns copos lavados.
- Minha querida... - começou a avó, debruçando-se sobre a secretária, para que Lua a pudesse ouvir melhor. - Reparamos que tens andado um pouco em baixo. Pareces triste, e então ontem partiste-nos o coração. Eu e o teu avô temos conversado sobre isso... - olhou rapidamente para o Rei, como que pedindo autorização para continuar. O avô acenou com a cabeça e a Rainha continuou. - Há alguma coisa que te está a magoar? Ou então, precisas de algo? Qualquer coisa, minha querida. O que quer que te faça mais feliz, tentaremos o impossível para te satisfazer. - ficaram à espera da resposta de Lua, ansiosos.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Coisas...

Bem, pessoal, tinha em mente começar por um tema, mas não posso deixar passar ao lado o "belo" final de tarde de hoje. Após algumas confusões, lá ficou marcada a reúnião para definir a comissão de faina de BG... e como não poderia ser diferente, claro que houve "merda" (desculpem o termo). Mas será que os nossos "amigos" não conseguem comportar-se como gente, tratar-nos como iguais e pura e simplesmente vivermos em paz?!? Raio de badamecos, com a mania que são mais que os outros. Mas pronto, aqui está a nova comissão de faina de BG (arrancadinha a saca-rolhas, porque a proposta inicial era um atentado à saúde humana):

Susana (Mestre)

Renato

Ioana

Toninho

Bruna

Cris

Carla

Bela (eu)

Tibby

Nélia

Ana João

Sim, este ano somos onze, após um consenso de ambas as partes... queria apenas fazer um comentário a uma frase solta que ouvi no final da reúnião, vinda da actual 3ª matrícula:

"Tenho muita coisa entalada..."

Então e nós, não temos???



E agora sim, o tema que tinha em mente... desculpem aqueles que não gostam de ler... vou falar de literatura :D

Na verdade, vou apenas falar dos escritores e os livros de que mais gostei... quem sabe, sugestões para quem passa...

Bem, comecei a interessar-me pelos livros ainda nem andava na escola. Adorava ouvir a minha mãe ler-me os livros da Anita e depois, sozinha, passava os olhos pelas imagens e tentava associá-las à história.

E quando aprendi a ler, devorava os livros da Anita, apesar de já conhecer as histórias... Ainda guardo no meu quarto os livrinhos da Anita, alguns tão velhos como eu. Estão na estante, em muito bom estado, porque são recordações da minha infância.

Até ao 5º ano, eu era doida por todo o tipo de livros que se assemelhasse a banda desenhada e de preferencia que tivesse muitos bonecos!!! E, em Língua Portuguesa, a gente fazia a troca de livros, entre os alunos, e tinhamos 2 semanas para o ler. Eu levava sempre o mais colorido. E reparei que a minha amiga (Guida) levava sempre livros cheios de letras ("Uma aventura", "Bando dos 4") e eu perguntei-lhe se aquilo era interessante. Ela disse que sim... eu experimentei (e agora, quem apanha a conversa a meio fica muito baralhado :S) e pronto, nunca mais parei!!! Era "Uma aventura", "Bando dos 4", "Clube das chaves", "Os 5"... todos os livros que existiam na altura e que eram próprios para a minha idade. E andei a ler este tipo de livros até os meus 15 ou 16 anos... até um Natal em que pedi a toda a família livros... estranhamente, só recebi 3... os meus pais recusavam-se a oferecerem-me livros (um ultraje!!!) e eu nunca percebi porquê. Recebi o Harry Potter (o primeiro) e lembro-me de ter pensado: "Mas o que vem a ser isto?" Recebi "A história de uma alma", do Triangulo Jota e que devo ter lido em 2 dias... e um livro que a minha prima Sofia me ofereceu, chamado "A imagem no espelho", tinha uma capa nada chamativa, o título nada me dizia e a autora era uma completa desconhecida. Comecei a ler, mas à 2ª página fartei-me... passados meses tentei novamente... e nada... até que pensei: "Porra, se ela me ofereceu, é porque é bom!!!" E comecei, fiz um esforço para passar da segunda página... e acho que até hoje é o meu livro favorito. A escritora é, claro, o meu "ídolo" da literatura, aquela que me dá vontade de ler e ler, e escrever, aquela que me faz rir, chorar, imaginar, sonhar... ela é a minha magnífica Danielle Steel! Não sei quantos livros dela eu já li. Posso nomear os que mais me marcaram: "A imagem no espelho", uma história de irmãs gémeas, que a dada altura trocam as suas vidas, uma pela outra. Foi o primeiro livro a fazer-me chorar. "Tempo para amar", uma história linda, sobre uma rapariga cujo marido se tenta suicidar e acaba numa cadeira de rodas e com uma mentalidade de 7 anos. Kate está grávida e a parte alta do livro é quando o filho, já com 7 anos, decide conhecer o pai... imaginem uma criança de 7 anos com um pai que não tem mais mentalidade que ele... super emocionante. "Dádiva", a história de uma rapariga que engravida e é obrigada pelos pais a dar a criança... "Um longo caminho para casa", a história de uma menina que sofre de maus tratos por parte da mãe... E mais uns quantos: "A honra do silêncio", "A casa da rua da esperança", "Joias", "Álbum de família", "A força de um amor"... e depois há aquele que é um tesouro, para mim foi mesmo potente: "Nick", a história de um dos seus filhos, que morreu com 19 anos (se não estou em erro), e que tinha uma grave doença (cujo nome não decorei, mas sei que o miúdo nasceu um génio - antes de fazer um ano, ele EXIGIU à mãe que na festa de aniversário houvessem palhaços e música disco!!! - e que ao longo dos anos foi entrando em sucessivas depressões e acabou por se suicidar). Eu adorei o livro, em primeiro lugar porque é o testemunho real de uma mãe que perdeu um filho, só por si já é um grande acto de coragem; e depois porque a Danielle é "obrigada" a falar sobre si, sobre os seus amores, os seus casamentos, os seus filhos, a sua vida...e eu fiquei a conhecer bem melhor a minha escritora de eleição. (Na imagem, Danielle Steel)



Há outros grandes autores que admiro: a que escreveu a saga de Harry Potter, há muita gente que não consegue gostar dos livros, mas além da história estranha e tal, existe uma potencialidade enorme de escrita; o grande senhor Paulo Coelho, com os seus livros espirituais, sempre com a lição de moral para nos dar. Esse senhor da literatura também sabe o que faz e sem dúvida conhece bem as palavras.

Estes são os 3 escritores que eu leio com mais frequência. Fora isso, vou lendo. Outros livros de que gostei... bem, só li um livro de José Saramago, e apesar daquela "não" pontuação, eu amei o livro. E por acaso, o filme foi apresentado no festival de Cannes. Chama-se "Ensaio sobre a cegueira" e é muito fixe, mesmo. Mais recentemente, li um livro que me deixou chocada: "Queimada viva". Fiquei chocada com essa história do "crime de honra"... é horrível. Mas sem dúvida que é daqueles livros que me ficam na memória, porque eu li o livro num fim-de-semana, não conseguia parar. Por falar em não conseguir parar... claro que também adorei os livros de Dan Brow, todos eles. Dos quatro, o "menos" interessante é "O código Da Vinci" e eu adorei o livro. Portanto, imaginem como fiquei com os outros.

Ah, outro livro muito interessante é "O retrato de Dorian Grey" de Oscar Wilde. Um livro estranhíssimo, mas interessante, de qualquer forma...

E agora, o pior... claro que há livros que detestei: "A aparição"!!! Até hoje não percebi o sentido do livro. Eu tentei, mas não consegui gostar. "Os Maias"... também não consegui ler, mas é um objectivo de vida, ler "Os Maias"... e depois há aquela "escritora" que eu não suporto e que tem tanta fama: Margarida Rebelo Pinto. Que me perdoem os fãs, mas eu nem consigo chamá-la escritora, pois eu pura e simplesmente não consigo ler um livro dela. Odeio a forma como escreve, as palavras que usa.... não consigo.



Espero que aproveitem as minhas sugestões... e para quem não gosta de ler, nunca é tarde para começar... como diria a minha prima Diana: "Estou a aprender a gostar de ler."

BJ... e obrigada a quem visita o meu blog :)

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Rectificação...

Pessoal, esqueci-me de informar que os vídeos são compilações de fotos minhas, do Tiago Cruz, da Joana Lima e da Patríca Pinto. Peço desculpa por só agora mencionar o facto :S
Bjs

Um fim-de-semana no paraíso...

Berlengas... e aquele que foi sem dúvida o fim-de-semana mais especial da minha vida. Cheio de novas experiências, desde a viagem de barco ao facto de passar dois dias sem água doce para lavar a cara ou os dentes. Sem falar, claro está, no facto de a ilha ter mais de 20000 gaivotas.
Sem dúvida, para repetir...
Dedicado ao pessoal de BG...

Um fim-de-semana na floresta maldita...

Bem, pessoal, após algumas complicações, aqui está o vídeo que fiz sobre a saída de campo à Lousã... Espero que se divirtam!!!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Um orgulho, um sonho!!!






"Foi um povo sonhador


Com garra e determinado


Que fez nascer um país


Desta terra começar


E o mesmo povo com esperança


Alguns séculos após


Fez nascer o nosso clube


Orgulho de todos nós



Vitória, Vitória,


Vamos todos festejar


Toda alma e toda a glória


Deste clube a triunfar


Vitória, Vitória,


De Guimarães afinal


O berço do meu clube


E também de Portugal



Das bancadas do estádio


Cantemos com vivacidade


Encorajando os atletas


Do clube desta cidade


Sonhemos a preto e branco


Com alma já da vitória


Hasteemos a bandeira


O símbolo da nossa história"


José Alberto Reis, Hino ao Vitória


Nasci em Guimarães, o chamado berço da nação. Desde cedo me juntei aos muitos adeptos e simpatizantes do clube da cidade, embora do "lado de fora do estádio". Há quem nos chame bairristas. Sim, somos, amamos o que é nosso, temos orgulho no que é nosso, não nos abandonamos nunca. Somos uma terra pequena e com um grande coração. Somos um povo unido.


O nosso lema é "Vitória até morrer".


E assim é. Há dois anos, a cidade tremeu, com a descida de divisão do Vitória. Raiva, revolta, tristeza e lágrimas... mas não acenamos com lenços brancos. Mais do que nunca o Vitória precisava de todo o apoio. E na época2006/2007, batemos records, enchemos o estádio e quando já pensávamos que a subida estava fora do alcance, eis que surge o grande senhor Manuel Cajuda, que "joga" com amor à camisola e com esforço e dedicação, ergueu o clube novamente à liga principal. De todos nós, a ele um muito obrigado.


Mas a sua jornada não terminou aqui. Com a mesma garra e a mesma dedicação, treinador e jogadores ofereceram-nos ontem o melhor presente da história do Vitória de Guimarães: além do tão desejado lugar no pódium, conseguiram o feito histórico de nos levar à pré-iliminatória da Liga dos Campeões. Um lugar que só por si já é uma honra, independentemente de conseguirmos ou não alguns resultados. Isso é só na próxima época e neste momente temos é de festejar o 3º lugar do nosso clube do coração.


VITÓRIA SEMPRE!!!